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Patrão por acaso

Tenho viajado muito pelo Rio Grande do Sul e visto muitas coisas. Recebi um e-mail que dizia:   “Nossa entidade estava fechada e foi muito m...

Tenho viajado muito pelo Rio Grande do Sul e visto muitas coisas. Recebi um e-mail que dizia:
 
“Nossa entidade estava fechada e foi muito mal administrada por muitos anos. Algumas pessoas se reuniram e reabriram o CTG. Tudo ia muito bem. Terceirizaram a copa, pois ninguém queria assumir o compromisso. Estavam fazendo eventos uma vez por mês. Com o tempo foram trocando os membros da administração, mas nunca houve uma prestação de contas, não existe um livro caixa, ata de posse, CNPJ está 'caducado', não temos invernadas, só credores, pois o CTG não tem mais crédito, deve para cada 'santo uma vela'. O pior é que o patrão atual não quer sair. Se estivesse ruim ser patrão já não teria saído do cargo? O que fazer?”
 
Bueno, em uma situação como essa que se propaga pelo RS, a melhor coisa a fazer é recorrer ao coordenador regional como um mediador. Um contador é fundamental para o levantamento da documentação e dos registros contábil e fiscal. A mobilização dos associados é muito importante, pois a assembleia geral é o órgão máximo dos CTGs.
 
Para o bom funcionamento, como deve proceder a entidade:
 
- Ter a ata da assembleia que elegeu a patronagem (é um registro histórico e oficial);
- Registrar a ata no cartório de registros especiais, só assim ela é oficial;
- Livro caixa (sem rasuras);
- Transparência nas informações;
- Entrega da rais e do imposto de renda anualmente;
- Pagamento do ECAD;
- Manter o cadastro atualizado no MTG, cartões tradicionalistas do associados...
 
Ata que não é registrada no cartório de registros especiais torna a patronagem “de fato”, mas não “ de direito”, ou seja, oficialmente, a patronagem não é gestora da entidade. O fato de não levar a Ata registrada para a Receita Federal, não entregar os impostos de renda, o gestor não é alterado deixando o cadastro desatualizado no poder público.
 
Quando atua com “má intenção”, o gestor transforma a entidade na extensão do jardim da sua casa, em sua fonte de abatimento de despesas. Nestes casos, de tantos que já vimos, ele cria uma blindagem (forma de proteção) para não precisar prestar contas para a sociedade. Não tem um livro caixa, não tem ata registrada, afasta as pessoas que possam vir a criar problemas para sua administração. É normal que venha a fazer dívidas, criar problemas, pois vai embora e deixa isso tudo pra quem assumir depois.
 
Como identificar esse elemento? Pode observar que ele parece aglutinador, convida pessoas novas a participarem para contribuírem com a entidade, que estão dispostas a trabalhar. Quando essas pessoas se dão conta e buscam respostas, encontram as mesmas portas que os receberam fechadas. Muito comum que esteja com toda documentação atrasada e, normalmente, justifica dizendo que a culpa é de gestões anteriores. Cada evento que faz, se gera lucro, o CTG está devendo para pagar a água e a luz. Se o resultado é negativo, fica em nome do CTG.
 
Como proceder em situações como estas:
 
- Reuna associados dispostos a ajudar e mobilize as forças positivas da entidade;
- Monte um planejamento estratégico (matéria que falaremos mês que vem);
- Contate o coordenador regional e apresente uma denúncia formal, por escrito, sem ofensas pessoais, mas com fatos.
 
As atitudes com ética, planejamento, estratégia e coragem são fundamentais para evitar que um CTG venha a falir.
 
Rogério Bastos para Portal MTG/Oi

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