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Paranaenses pioneiros no Rio Grande do Sul

Compartilhando Pesquisas e Leituras – Em 09/11/2010. PARANAENSES PIONEIROS NO RIO GRANDE DO SUL Almirante Tamandaré do Sul - (1996): Francis...

Compartilhando Pesquisas e Leituras – Em 09/11/2010.

PARANAENSES PIONEIROS NO RIO GRANDE DO SUL

Almirante Tamandaré do Sul - (1996):

Francisco Leandro de Quadros – Nasceu em Castro. Se estabeleceu no Planalto Médio – Fazenda da Glória. Primeiro morador do local. Sua carta de sesmaria, datada de 1830, é considerada a “Certidão de Nascimento” de Almirante Tamandaré do Sul.

Carazinho – (1931):

Rodrigo Felix Martins – Filho do Capitão mor de Curitiba de mesmo nome, nasceu em Castro. Em 1816, muda para Carazinho, onde plantou a timbaúva, marco inicial do povoamento de Jacuizinho e seda da Fazenda São Benedito. Suas terras abrangiam, ainda, Pinheiro Marcado e Não-Me-Toque. Em 1835 é citado como "farrapo": Além de vereador, no Município da Vila do Espírito Santo da Cruz Alta, foi coletor da República Rio-Grandense. Fez enormes dívidas para sustentar o movimento republicano na região, então, para refazer seu crédito, teve que vender os campos desde o Rio Turvo até o Rio da Várzea.

Cruz Alta:

João José de Barros – Nascido em Curitiba – tropeiro – “Pronto-fundador” de Cruz Alta, onde chegou em 1819. Este pioneiro fixou-se num local de onde se avistava uma cruz no alto de uma coxilha, originando o topônimo do lugar.

José Vidal do Pilar – De Curitiba, transferiu-se para Cruz Alta com numerosa família e uma centena de escravos, sendo considerado seu fundador. Fez traçar a planta da povoação, em 1821 e construiu seu sobrado junto ao quadro da praça. Na primeira eleição de Cruz Alta (1834), foi o vereador mais votado. Durante a Guerra dos Farrapos, como legalista e compadre de Bento Manoel, contribuiu com generosos dispêndios em favor da legalidade.

Frederico Wesphalen:

Frederico Westphalen – Filho de Eugênio Westplalen. Nascido na Lapa, em 1876, fundou a cidade gaúcha que lhe é onomástica.

Lagoa Vermelha:

José Ferreira Bueno – Nasceu em Curitiba. Participou da Real Expedição de Guarapuava. É considerado o fundador de Lagoa Vermelha, por lá ter residido, entre 1841 e 1846, em sua fazenda de São Paulino, onde hoje se assenta a cidade. Doou o terreno para a construção da primeira capela, em 1845. Seu filho Serafim deu seguimento a esta empreitada, nas terras da estância da família. O pai voltou para a Lapa, onde faleceu, mas o filho continuou naquela estância, onde casou com a cruz-altense Júlia Moreira do Amaral. Tiveram 13 filhos, dentre eles o Dr. Vítor Ferreira do Amaral, um dos fundadores da UFPR. Às vezes, Serafim aparece como o fundador de Lagoa Vermelha, roubando o título do próprio pai, por ter sido ele que passou a escritura do terreno, em 1848.

Júlio de Castilhos:

João Vieira de Alvarenga – Primeiro morador, onde chegou em 1812 ou 13, instalando-se na coxilha do Durasnal (hoje centro da cidade de Júlio de Castilhos, por isso considerado o fundador). Por anos o lugar era conhecido por ‘O João Vieira’. Doou o terreno para a ereção da primeira capela. Só em 1877, seu filho Manoel Vieira passou a escritura da doação à Câmara Municipal de São Martinho, a qual Vila Rica pertencia. Em 1905 a denominação passou a ser “Julio de Castilhos”.

Mato Castelhano - (1992):

Manoel José de Quadros – Do grupo de Atanagildo Pinto Martins, se estabeleceu no Campo do Meio, em 1824, e foi fundador da vila de Mato Castelhano, município gaúcho desde 1992.

Nonoai – (1959):

João Cipriano da Rocha Loures – Nasceu em Guarapuava. É citado como fundador de Nonoai. Em 1845, seu irmão Francisco abriu o novo caminho para as Missões, pelo passo Goio-en, mas Caxias nomeou João como diretor do aldeamento indígena, início de Nonoai.

Palmeira das Missões – (1874):

Antônio Novais Coutinho – Natural de Castro. Construiu a capela de Santo Antônio de Lisboa em sua propriedade, por isso considerado o fundador da cidade de Palmeira das Missões. Iniciou a construção antes da Revolução Farroupilha e só pode concluir o templo após a pacificação.

Passo Fundo – (1857):

Manoel José das Neves – Nascido em S. José dos Pinhais, é considerado fundador de Passo Fundo. Casou com Reginalda Rocha, natural da Lapa. Conseguiu sesmaria na coxilha geral da serra, em 1828, erigindo a fazenda Nossa Senhora Aparecida. Doou o terreno de meia légua quadrada para a fundação da vila, em 1830 junto à rancharia de seus escravos e familiares, onde logo chegaram outras famílias. Em 1834, sua esposa reservou um quadro para a mitra.

Joaquim Fagundes dos Reis – Nasceu no Tamanduá. É considerado o “Patriarca de Passo Fundo”! Quando da elevação do local a distrito, foi eleito primeiro juiz de paz e sub-delegado.
Diogo José de Oliveira – Mudou para Passo Fundo, após a Guerra dos Farrapos. Foi o primeiro Delegado de Polícia, quando da emancipação, em 1857.

Pinhal Grande – (1992):

João Gonçalves Padilha – Batizado no Tamanduá em 1787. Tropeiro que foi residir em Cruz Alta, em 1812 ou 13, no Rincão de Santo Antônio. A fazenda denominou-se Sobrado, com doze léguas quadradas, associado com seu irmão Antônio Gonçalves Padilha, outro paranaense. Ali nasceu o atual Município de Pinhal Grande.

Pontão:

Francisco Inácio Ferreira – Nasceu no Paraná. Foi presidente da primeira junta paroquial de Lagoa Vermelha, em 1860. Dono da Fazenda Santa Izabel, do Pontão (hoje município de Pontão).

Porto Alegre:

Mateus de Camargo Siqueira – Capitão, voluntário de Curitiba, no alistamento feito por Cristóvão Pereira de Abreu, que chegou onde é hoje Porto Alegre, em 1752. A expedição tinha como missão, explorar o rio Jacuí e saber se por ele se chegaria às Missões, onde seriam assentados os casais açorianos que estavam por chegar e ocupar aquele espaço que se abria para Portugal. Ficaram no acampamento, à beira do Guaíba, preparando as canoas e erguendo choupanas para abrigar os esperados casais. Nesse meio tempo os índios missioneiros reagiram ao Tratado de Madri, contra a entrega de suas terras. Assim, essa expedição ficou acampada no porto, indefinidamente, se tornando no núcleo inicial urbano de Porto Alegre, antecedendo-se aos próprios açorianos que, também, foram obrigados a ficar ali. Compunha o grupo, os seguintes paranaenses: Antônio Corrêa de Souza, voluntário de Paranaguá; Antônio José Domingues, de Curitiba; Demétrio Francisco das Neves, de Paranaguá; Francisco Camargo de Paes, voluntário de Curitiba que levou consigo um escravo de nome Antônio; Francisco Soares Antunes, de Curitiba; o pardo Gabriel Alves, voluntário de Curitiba; Guilherme Pereira Pais, de Curitiba; João Pedro Morungava, negro forro, de Curitiba; e, o próprio Capitão comandante Mateus de Camargo Siqueira que levou consigo seis escravos seus; entre outros.

Quaraí:

João Batista de Castilho – Nasceu em Campo Largo. Pelo ano de 1820, adquiriu seis léguas quadradas de campos à margem direita do Quaraí, onde formou uma estância, junto ao passo que levou seu nome (Passo do Batista), estando a atual cidade de Quaraí toda dentro desse terreno, cuja escritura foi passada pelos herdeiros.

Sananduva:

José Bueno de Oliveira – Proprietário primeiro das terras de Sananduva e Ibiaçá, com 155 milhões de m2. Quando faleceu, em Castro-PR, em 1886, o local da cidade de Sananduva era conhecido por Fazenda dos Buenos. – Quanto às terras que compõe o município de Ibiaçá, eram propriedade única de Dona Constância Bueno, que foi dividida em 440 propriedades.

Santa Bárbara do Sul:

Atanagildo Pinto Martins – Filho do capitão-mor de Curitiba, Rodrigo Felix Martins. Nasceu em Castro, em 1772. Em 1801, era “Soldado nobre do Regimento de Reais Curitibanos”. Em 1815 participou da Real Expedição da Conquista de Guarapuava, depois abriu a "vereda das Missões" chegando a São Borja. Em 1824, estabeleceu-se, definitivamente, nas Figueiras, onde formou a Fazenda Santa Bárbara, núcleo inicial da atual cidade de Santa Bárbara do Sul. Pertenciam-lhe todas as terras compreendidas entre a Estação Belisário (que deve o nome a seu filho Belisário Moreira do Amaral), até as barrancas do Jacuizinho. Em 1834, ouve a primeira câmara de Cruz Alta e ele foi o 3º vereador mais votado com 123 sufrágios. Era Presidente da Câmara, em 1º de agosto de 1837 quando aderiu à República Rio-Grandense: “Com as mãos postas sobre o evangelho, deu validade a favor daquela proclamação”; O coronel Bento Manoel Ribeiro esteve em Cruz Alta, naquele ano, quando convenceu Atanagildo a aderir a causa republicana. Mas como Bento mudou de grêmio, também em Cruz Alta aconteceu a reviravolta: a 6 de outubro, dois meses depois de haver feito profissão de fé republicana, juntamente com seus pares, dão meia volta, anulando o ato de 1º de agosto e declarando sua fidelidade ao Império, até porque, as forças imperiais retomaram a Vila, então forçaram-nos a anular o ato e aderir ao Império. Daí depreende, então, Atanagildo ter conduzido “os caramurus gaúchos, numa incursão a Santa Catarina, derrotando os revolucionários no Combate de Curitibanos”. Atanagildo faleceu em 1861, aos 90 anos de idade.



Com tal levantamento, podemos afirmar que, pelo menos, 17 municípios gaúchos foram fundados por paranaenses.

Por outro lado, em compensação, são entorno de 50 os municípios paranaenses fundados por gaúchos.

Carlos Zatti, em Curitiba.
Programa “Compartilhando Pesquisas e Leituras” - IHGPR

Colaboração: Hilton Araldi

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