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Conheça a 1ª Prenda Mirim do RS 09/10

Natural de São Gabriel. Nasci no dia 8 de novembro de 1997. Liderando as lanças índias Sepé Tiarayú cavalgou E sem receio enfrentou O algoz ...

Natural de São Gabriel. Nasci no dia 8 de novembro de 1997.

Liderando as lanças índias
Sepé Tiarayú cavalgou
E sem receio enfrentou
O algoz armado e pujante
E num incrível levante
Bradou com todo entono

Esta terra tem dono!

Levando seu povo avante.

Este é um trecho da poesia “Sepé o imortal” que nos acompanhou nessa caminhada e como bem diz, tomamos as rédeas do título de 1ª prenda mirim da 18ª RT e sem medo enfrentamos a 39ª Ciranda Estadual de Prendas, defendendo a região e a terra onde tombou Sepé Tiarayu. Mas esta história não começou assim, do nada, e se vocês querem saber, contaremos:

Antes do meu nascimento, meu avô, Tupan de Moura, participou dos primeiros tempos do 35 CTG e logo depois de eu ter nascido, ele divulgava o tradicionalismo pra mim, tanto é que eu passava a semana farroupilha inteirinha de vestido de prenda. O que mais me fascinava era ficar dando voltas em torno de mim com o vestido de prenda e também assistir o desfile farroupilha pilchada. Um dia, em 2004, não me conformei em só assistir o desfile, quis participar dele e assim foi. Com seis anos, participar do desfile farroupilha foi uma experiência e tanto.

Com sete anos, em 2005, estava saindo do colégio quando fomos convidadas por uma amiga para participar da invernada artística pré-mirim do CTG Tarumã. Lá, começamos a dançar já no primeiro dia. E lembro como se fosse hoje que a minha primeira dança foi o pezinho. Nesse tempo, participei dos concursos de dança de invernada, do tradicionalismo na cidade e também do primeiro desfile temático.

Já fazia um ano que estava na invernada artística, então com nove anos, fui 2ª prenda pré-mirim do CTG Tarumã. Depois, 1ª prenda pré-mirim e concorri no concurso da cidade onde obtive o 3º lugar na categoria pré-mirim. Mas não estava satisfeita e não queria parar por aí, então comecei a estudar sobre o Rio Grande do Sul com a professora Zaida Motta, no inicio somente para conhecer a cultura, a história, geografia e tradição, tradicionalismo e folclore.

Em 2008, concorri na 18ª RT como 3ª prenda mirim do CTG Tarumã e no mesmo concurso fiz minha 1ª prova escrita, quando obtive o título de 1ª prenda mirim da 18ª RT. O meu pai ajudou na preparação da poesia, “ Sepé o imortal”, e também fiz aulas de declamação com a professora Catarina.

Já para a Ciranda de prendas, sabia o quanto teria que me esforçar, pois são somente 3 faixas para 30 regiões tradicionalistas.

Fui à luta: declamando, dançando, estudando, indo a eventos, como também promovendo e fazendo os projetos propostos pelo MTG. Com a ajuda da bióloga Lurdes Zanchetta da Rosa, desenvolvemos o projeto, “O jerivá no pampa gaúcho – a história do coquinho amarelinho”, que foi o projeto que mais nos destacou, tanto que muitas prendinhas até hoje pedem: “ Lydia, conta a história do coquinho”.
Esta história, baseada no livro “Era uma vez... um coquinho amarelinho”, de Lurdes Zanchetta da Rosa e Angela Medeiros de Assis Brasil, conta como o coqueiro jerivá se reproduz na natureza. Para contar, utilizamos um teatro de fantoches.

No concurso estadual, houve prova escrita, mostra folclórica, oral, artística e finalmente o resultado, quando conquistei o título de 1ª prenda mirim do Rio Grande do Sul. Hoje represento a mulher gaúcha, assim como todas as prendas estaduais. Isso para nós, é a realização de um sonho, mais um objetivo da vida que foi alcançado.

Hoje, começaria a minha história assim: “Era uma vez uma prendinha que nasceu nesse jardim que é o Rio Grande do Sul e que esse jardim, em vez de colocar as raízes fora, usa elas como exemplo e as transforma em adubo, para que a semente siga o mesmo trajeto que seus antepassados. O nome desta prendinha? É Lydia”, Outras prendinhas podem fazer o mesmo, porque o exemplo, como diz na poesia:

É recado para os que vierem
No futuro desta nação
Que aprendam a lição
Ungida em sangue inocente
Lutar pela terra da gente
É conduta indispensável
Prova de força indevassável
Que devemos guardar na mente.

Hoje, além de continuar a desenvolver os projetos e conhecer a cultura gaúcha, um dos meus objetivos é incentivar a nova geração a participar do tradicionalismo. É um caminho saudável, interessante e divertido, com amigos em todos os cantos deste Rio Grande.

Por: Lydia de Moura Azevedo
Informações do Blog das Prendas e Peões do RS.

Um comentário

  1. É MINHA PRIMA QUE EU SEMPRE VEJO ELA NO r.g.do Sul tenho muito orgulho dela.Te amo primona!De:Carol

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