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Piratini - 1ª Capital Farroupilha

A tempos não visitava a querida Capital Farroupilha com olhos de turista... Fiquei contente em ver a Igreja pintada..."exuberante"...

A tempos não visitava a querida Capital Farroupilha com olhos de turista...
Fiquei contente em ver a Igreja pintada..."exuberante"....
Apesar do progresso que começa a chegar à galope, o casario histórico, na sua maioria está bem cuidado e com placas de identificação...pena que Canguçu deixou o progresso consumir com o seu casario antigo....a meu ver, muita falta de Cultura...

Piratini é um município brasileiro do estado do Rio Grande do Sul. Localiza-se a uma latitude 31º26'53" sul e a uma longitude 53º06'15" oeste, estando a uma altitude de 349 metros. O ponto mais alto do município é o Cerro do Sandin, com 510 m de altitude. Sua população estimada em 2004 era de 20.316 habitantes.

Possui uma área de 3.562,5 km². É um município que conta com as águas do rio Camaquã.

Os primeiros povoadores ao chegarem, estabeleceram-se no local denominado "Capão Grande do Piratini" e fundaram uma capela em honra a Nossa Senhora da Conceição, desde então, padroeira do município. José de Mattos de Guimarães, um português nascido em Guimarães, construiu o primeiro moinho em Piratini e sua primeira igreja em 1812, a que ali existiu durante a Revolução Farroupilha e no local da atual.

O Município de Piratini foi criado em 1830, por Decreto Imperial de 15 de dezembro e integrado pelos distritos de Canguçu, Cerrito e Bagé até o Pirai.

Casa onde teria vivido quando jovem, Luiz Carlos "Barbosa Lessa" um dos 20 Gaúchos que marcaram o Século XX.

Ministério da Guerra durante a Revolução Farroupilha ( Hoje Museu Histórico).

Casa onde teria iniciado o então Povoado de Piratini


Casarão datado de 1887.

à direita, Palácio do Governo da República Riograndense - ( 1835 - 1837 ).

Igreja Matriz

O surgimento de Piratini ocorreu coma chega de Açorianos em terras que a Coroa Portuguesa trocou com o sesmeiro José Antônio Alves. Por ordem da Rainha Maria I, a região - localizada no cume de uma coxilha, nas proximidades dos rios Camaquã e Piratini, onde hoje se localizada a cidade - foi dividida entre 48 casais portugueses. Ali, a partir de 1789, eles construíram suas casas de arquitetura singela, com alinhamento de duas janelas e porta na fachada. Um dos primeiros prédios erguidos pelos habitantes foi uma pequena capela, no centro do povoado, dedicada à Nossa Senhora da Conceição. O lugar ficou conhecido como Capela de Piratini, por estar perto do rio. A primeira casa construída em Piratini ficava nos fundos da capela e existe até hoje.

O crescimento da população e a prosperidade da criação de gado e do cultivo, principalmente de linho e trigo, atraíram novos habitantes e despertaram a atenção do governo imperial, que decidiu elevar o povoado, em 1810, à categoria de freguesia. Nesse período, moradores abastados começaram a construir casas em volta da capela, que havia sido ampliada pelo reverendo Jacinto José Pinto Moreira, primeiro vigário de Piratini.

Em 20 anos, o povoado cresceu, ganhou novos prédios e uma capela ainda maior, com portas em arcos e duas torres em estilo gótico. Em dezembro de 1832, com cerca de 80 prédios, entre eles seis sobrados e uma cadeia, a então freguesia tornou-se Vila de Piratini. As poucas ruas ainda não tinham calçamento e a água potável chegava à população apenas por duas fontes naturais, conhecidas como Fonte dos Pinheiros e Fonte da Terra.

A vila era iluminada por querosene e servida por um demorado sistema de correio, que transportava cartas até a Vila São Francisco de Paula (hoje Pelotas) três vezes por semana. No mesmo ano, a vila foi desmembrada do município de Rio Grande, mas seu território continuou abrangendo uma grande extensão, onde estão hoje seis municípios da Região Sul do Estado.

O cenário da proclamação da República

A
província do Rio Grande do Sul vivia momentos de tensão em 1835. O descontentamento com a política do governo central e a oposição entre conservadores e liberais, o estopim da Revolução Farroupilha, praticamente antecipavam o longo período de confrontos armados. Cerca de duas semanas depois de um grupo de rebeles farroupilhas ter ocupado Porto Alegre, cem homens deflagravam o movimento na Vila Piratini, comandados pelo capitão de milícia Antônio José de Oliveira Nico e por Domingos de Souza Neto. As primeiras colunas de farrapos marcharam pelas ruas estreitas da vila, a 8 de outubro, sob a aclamação dos piratinenses.

Por sua localização estratégica, no alto da Serra do Sudeste, e pela existência de dezenas de prédios proximos para a instalação dos comandos revolucionários, a vila tornou-se o centro de operações do movimento. Em dezembro de 1832, o coronel Souza Neto passou a chefiar a Legião de Guardas Nacionais da Comarca de Piratini, formada por quatro companhias recurtadas em Piratini, Canguçu, Cerrito e Bagé. Com 28 anos, comandou a coluna farroupilha que venceu, em 10 de setembro de 1836, em Seival, as tropas imperiais de Silva Tavares.

A vitória dos integrantes da Primeira Brigada Liberal marcou um dos acontecimentos militares mais importantes do movimento e despertou o desejo de emancipação dos farrapos. Na noite do combate de Seival, ainda sob a euforia da vitória, o capitão Manoel Lucas de Oliveira e Joaquim Pedro Soares foram até a barraca de Neto para convencê-lo a opcuar o posto de general-em-chefe do exército e proclamar a República.

Ali mesmo escreveram os rascunhos da proclamação. No dia seguinte, 11 de setembro, antes de sair o sol, as tropas já esperavam o futuro general nos campos dos Menezes, à margem esquerda do rio Jaguarão. Neto apareceu a galope. Postou-se ao centro da tropa, ergueu a espada e anunciou a proclamaão da República Rio-grandense. Dois meses depois, a Vila de Piratini tornou-se capital, e o general Bento Gonçalves da Silva foi eleito presidente da República, mesmo estadno preso há um ano no RIo de Janeiro e em Salvador.

Piratini permaneceu como capital por mais dois anos. Por motivos estratégicos, a capital foi transferida para Caçapava do Sul e, mais tarde, para Alegrete. Enfraquecida, a cidade levaria novo golpe. Um ato do governo provincial fez com que Piratini retornasse à categoria de vila. Iniciava-se o declínio.

Fonte: Material recolhido do fascículo especial do jornal Zero Hora, do dia 04/12/96, chamado "Origens do Rio Grande".

Fotos : Géder Barbosa - 15.02.2009
Artigo retirado do Blog de Geder Barbosa
http://gederbarbosa.blogspot.com/


http://www.paginadogaucho.com.br/

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