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Homenagem a Jayme Caetano Braun

Por Paulo Guimarães Dia 30 de janeiro, como acontece todos os anos é comemorado o DIA DO PAJADOR GAÚCHO BRASILEIRO, dia esse oficializado pe...

Por Paulo Guimarães

Dia 30 de janeiro, como acontece todos os anos é comemorado o DIA DO PAJADOR GAÚCHO BRASILEIRO, dia esse oficializado pela Lei N.º. 11.676, de 16 de outubro de 2001, de autoria do Deputado João Luiz Vargas (PDT), foi aprovada pela Assembléia Legislativa do Estado e sancionada pelo então Governador Olívio Dutra.

Dia esse inspirado e em homenagem à data de nascimento do maior dos Pajadores Jayme Caetano Braun (1924-1999).

"JAYME CAETANO BRAUN É O PRIMEIRO PAJADOR URBANO PROFISSIONAL QUE SE TEM REGISTRO".

Em evento promovido pela APADEG; IGTF E AATF realizou-se no Galpão Jayme Caetano Braun, do Centro Administrativo Fernando Ferrari, situado na Av. Borges de Medeiros, 1501, Porto Alegre - RS.

O evento iniciou-se a partir das 21h e contou com a apresentação, dentre outros pajadores, de VOLNEI CORREIA de Sapucaia do Sul, (Campeão da Vacaria), ADÃO BERNARDES de Novo Hamburgo, JADIR OLIVEIRA*, JOSÉ OLIVEIRA ESTIVALET, PEDRO JUNIOR DA FONTOURA, ARABI RODRIGUES o decano dos pajadores, VANDERLEI ROSA (Presidente da Associação de Trovadores Luis Müller de Sapucaia do Sul (RS) e PAULO DE FREITAS MENDONÇA**, que recebeu da Associação dos Pajadores e Declamadores Gaúchos (APADEG) a Medalha do Mérito Cultural Aureliano de Figueiredo Pinto.

"E como bem define este último e agraciado poeta, Pajador é o repentista que canta os seus versos, acompanhado de uma milonga tocada no violão. E a Pajada, ou Payada para os gaúchos platinos, é um repente em décima, ou seja, com estrofe de dez versos, e de redondilha maior, isto é, com verso de sete sílabas, e a rima entrelaçada, com todos os versos rimando entre si, de forma alternada. O poeta, pajador, jornalista, compositor e comunicador Paulo de Freitas Mendonça considera que a Pajada teve origem tanto em terras argentinas como em uruguaias e brasileiras, diante das indefinições das fronteiras e das andanças dos homens que cantavam as coisas do seu dia-a-dia pampeano".

Inicialmente após a apresentação do evento, foi convidado para comandar as apresentações DERLY SILVEIRA DA SILVA, trovador, poeta e radialista, filho de Julio de Castilhos-RS, considerado por todos o maior incentivador e divulgador da trova galponeira, dos trovadores, dos festivais e concurso de trovas.

O primeiro pajador a se apresentar, chamado por Derly foi ARABI RODRIGUES, o mais antigo pajador ainda em atividade, tendo amadrinhador o incrível Glênio Fagundes.

Após foram chamados VOLNEI CORREIA para em dupla com ADÃO BERNARDES, amadrinhados por Paulo Melo se apresentarem.

A seguir JADIR OLIVEIRA terçou versos com VANDERLEI ROSA, amadrinhados ainda por Paulo Melo, tendo como tema; "Se o Jayme estivesse aqui".

Logo JOSÉ OLIVEIRA ESTIVALET (Campeão brasileiro de trova pajada) fez dupla com PAULO DE FREITAS MENDONÇA, com o interessante tema: "o futuro da pajada".

Para finalizar a apresentação em duplas chamaram PEDRO JUNIOR DA FONTOURA, pedindo que este escolhesse um companheiro pajador para fazer dupla, o escolhido pelo Pedro Junior foi ARABI RODRIGUES, seu primeiro professor, com o tema:"porque nasci pajador". Os amadrinhadores dessa dupla foram Clênio Ribeiro da Rosa e Glênio Fagundes.

Após as apresentações em duplas Paulo de Freitas Mendonça comandou uma integração entre todos os pajadores presentes com Paulo Melo na guitarra, foram várias rodadas, iniciando com dois temas, três temas, quatro temas.

Antes da despedida de cada pajador teve a apresentação de pajada em pé forçado, as quais devem encerrar todas as estrofes com o mesmo verso.

Esteve presentes ainda ao evento DORALICE GOMES DA ROSA, considerada recentemente pelo movimento tradicionalista gaúcho como a trovadora pioneira da radiofonia gaúcha.

Todo evento foi transmitido ao vivo pela Rádio Osório AM.

Parabéns aos Pajadores Gaúchos Brasileiros pela passagem deste dia que a todos homenageia, especialmente ao grande e saudoso Pajador do Rio Grande: Jayme Caetano Braun!

Na oportunidade foi lançado para o Rio Grande do Sul o livro NA PÓNTA DO VERSO - Poesia de improviso do Brasil, produzido no Rio de janeiro, que conta com um artigo de Paulo de Freitas Mendonça. A obra, em livro e CD, é a mais completa pesquisa sobre o improviso brasileiro e conta com artigos e gravações de importantes nomes da poesia oral improvisada nacional.

* Jadir Oliveira: Pajador, trovador e cantor gaúcho lançou dois CDs individuais e participou da gravação do CD Pajadores do Brasil foi cinco vezes campeão do tradicional Festival de Pajada Jayme Caetano Braun, de sapucaia do sul (RS) e duas vezes campeão do concurso de Pajadas do rodeio de Vacaria (RS). Em 2001, representou o Brasil no Festival de folclore, em Portugal.

** Paulo de Freitas Mendonça: Jornalista, pajador, poeta, escritor, compositor e produtor cultural. diretor do jornal do Nativismo e apresentador de festivais, de rádio e de televisão.Representante brasileiro no comitê Internacional da poesia Oral Improvisada.Membro da Estância da Poesia crioula, da Casa do Poeta São-Pedrense e da Associação dos Pajadores e declamadores Gaúchos. Vice-presidente da associação das comissões Organizadoras de Festivais de música do Rio Grande do Sul (2007-2008). Possui uma carreira consolidada como pajador e palestrante, tendo lançado dois livros e cinco CDs de poemas e pajadas. Suas obras poético-musicais foram gravadas em diversos países onde possui numerosas distinções internacionais.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
- MENDONÇA, Paulo de Freitas. Na ponta do Verso - Poesia de Improviso do Brasil, Alexandre Pimentel e Joana Corrêa (organizadores). Rio de Janeiro: Associação Cultural Caburé, 2008.
- FRAGA CIRNE, Paulo Roberto de. O Canto de Improviso-trova literária - repentismo - trova galporeira - pajada autor. CEZGRAF-Dezembro de 2008.
- Site: www.bombachalarga.com.br, acessado em 30/01/2009.

Informações do Blog Chasque Pampeano.

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