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Julgamento em versos

A repórter Josiane Weschenfelder, de Zero Hora, publica hoje uma curiosa matéria sobre o juiz de direito Afif Jorge Simões Neto, da 2ª turma...

A repórter Josiane Weschenfelder, de Zero Hora, publica hoje uma curiosa matéria sobre o juiz de direito Afif Jorge Simões Neto, da 2ª turma Recursal Cível, que proferiu uma decisão de um julgamento em versos. A ação aconteceu em Santana do Livramento e referia-se a um pedido de indenização por dano moral.

– Como envolvia dois tradicionalistas, achei que cabia um texto dessa forma. Meu pai era advogado em São Sepé e na vida dele fez três defesas em versos. Mas a minha foi muito inferior – considera Simões Neto, que após 14 anos de magistratura resolveu fazer sua estreia do gênero no Direito.

Simões Neto julgou o recurso de uma ação que havia sido movida pelo patrão do CTG Presilha do Pago, de Santana do Livramento, Rui Francisco Ferreira Rodrigues. O tradicionalista afirmava ter sido ofendido em sua honra pessoal durante pronunciamento feito por um conselheiro fiscal da 18ª Região Tradicionalista no uso da tribuna livre da Câmara de Vereadores. O conselheiro teria dito que o patrão não prestava conta das verbas públicas recebidas para eventos. Mas ele negou as acusações. No Juizado Especial Cível de Livramento, o conselheiro foi condenado a pagar R$ 1,5 mil. Ele recorreu, e o juiz poeta entendeu que não havia ocorrido ofensa.

Apesar de descontente com o despacho, o patrão do CTG garante não ter se incomodado com a poesia.

– Foi uma brincadeira. Vou me reunir com os advogados na segunda, para saber se ainda cabe outro recurso nesse processo. Não pretendo fazer nada contra o juiz – diz Rodrigues.

“Este é mais um processo
Daqueles de dano moral
O autor se diz ofendido
Na Câmara e no jornal.

Tem até CD nos autos
Que ouvi bem devagar
E não encontrei a calúnia
Nas palavras do Wilmar.

Numa festa sem fronteiras
Teve início a brigantina
Tudo porque não dançou
O Rincão da Carolina.

Já tinha visto falar
Do Grupo da Pitangueira
Dançam chula com a lança
Ou até cobra cruzeira.

Houve ato de repúdio
E o réu falou sem rabisco
Criticando da tribuna
O jeitão do Rui Francisco

Que o autor não presta conta
Nunca disse o demandado
Errou feio o jornalista
Ao inventar o fraseado.

Julgar briga de patrão
É coisa que não me apraza
O que me preocupa, isso sim
São as bombas lá em Gaza.

Ausente a prova do fato
Reformo a sentença guerreada
Rogando aos nobres colegas
Que me acompanhem na estrada.

Sem culpa no proceder
Não condeno um inocente
Pois todo o mal que se faz
Um dia volta pra gente.

E fica aqui um pedido
Lançado nos estertores
Que a paz volte ao seu trilho
Na terra do velho Flores.”

As informações são do Blog do MTG.

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