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Projeto capacita voluntários para atuação no Enart – Encontro de Artes e Tradição

O Enart – Encontro de Artes e Tradição é um dos eventos mais complexos realizados pelo Movimento Tradicionalista Gaúcho. Seja pela estr...



O Enart – Encontro de Artes e Tradição é um dos eventos mais complexos realizados pelo Movimento Tradicionalista Gaúcho. Seja pela estrutura, seja pela logística, o evento se caracteriza pela alta demanda de talentos e profissionais capacitados. Neste ano, ampliando o exercício do tema quinquenal do MTG, os tradicionalistas Caroline Reolon Scariot, Éridio Silveira e Renata da Silva estão iniciando um processo de capacitação de voluntários para atuação no evento.

A capacitação, aberta ao público em geral, não proibindo a atuação de indivíduos que não sejam filiados a entidades tradicionalistas, tem como objetivo desenvolver as habilidades específicas em jovens com idade mínima de 15 anos. Espera-se que ao término da capacitação, os participantes sejam capazes de cumprir de forma ativa, positiva e voluntária as tarefas do evento, auxiliando na sua organização e realização.

Segundo os organizadores, acredita-se na força e na importância do trabalho em equipe, e o principal público-alvo da iniciativa são os jovens. “Os jovens, quando valorizados, sentem-se orgulhosos em poder participar e contribuir na realização das atividades culturais e sociais”, afirmam. Por outro lado, para que a participação se realize com qualidade e de forma positiva, é necessário que haja uma preparação mínima.

Etapas – O curso de capacitação para voluntários do Enart 2018 será desenvolvido em três etapas, realizadas durante as inter-regionais do evento. Cada voluntário inscrito previamente através de um formulário liberado via online, deverá participar de pelo menos uma das três ações. Sendo tradicionalista, a inter-regional escolhida não precisará, necessariamente, ser a de participação da sua região. Cada etapa do desenvolvimento do curso será realizada em um período máximo de 5 horas, dividido em seis módulos de conversações. O conteúdo a ser abordado contempla Comportamento/postura/comprometimento, História do Festival e Indumentária Gaúcha, Liderança e inter-relacionamento pessoal, Dicção e Oratória, Voluntariado e Visita guiada às áreas de atuação.

Datas e locais – Em Campo Bom a capacitação acontecerá nos dias 25 e 26 de agosto. Em Santo Ângelo, dias 29 e 30 de setembro. Já em Lajeado será dias 20 e 21 de outubro.

Áreas de atuação – As áreas de atuação previstas para a atuação dos voluntários são apresentação de palcos, apoio e manutenção de palcos, fandango e Mostra de Arte e Tradição Gaúcha, podendo sofrer alterações conforme as demandas dos organizadores do evento.

Inscrições – Os interessados em participar da capacitação e atuar como voluntários no Enart podem fazer sua inscrição pelo formulário disponível no site do Eco da Tradição: https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSfTMvnFCymX_P6MP_i3Dq6KyD8iSFla-F-ehwcp_J3QthC9tA/viewform?c=0&w=1.

Tema Quinquenal – O Tema Quinquenal Voluntariado foi aprovado no Congresso Tradicionalista realizado em Bento Gonçalves, em 2017. Seu objetivo é incentivar e consolidar a cultura do voluntário, além de promover a educação para o exercício consciente da solidariedade e da cidadania dentro do Movimento Tradicionalista Gaúcho. Outro objetivo é despertar nos tradicionalistas o amor ao próximo através da doação diária em pequenos gestos que engrandecem quem os dá e ajuda a quem precisa.
No que toca a ação voluntária no Movimento Tradicionalista Gaúcho, confira o que fala o documento, disponível para download no site do MTG:

A ação voluntária acontece a partir da vontade da pessoa de exercer sua cidadania. Nasce do indivíduo que se percebe como capaz de, junto com outros cidadãos, criar ou transformar o espaço onde vive. A força do voluntariado se traduz em trabalho contínuo e vibrante, responsável e comprometido. O voluntário é capaz de formar uma rede com outros cidadãos e organizações sociais, compatibilizando suas habilidades com as necessidades e anseios da sociedade para que a contribuição de cada um seja transformadora.
O gesto voluntário se afasta da noção de assistencialismo isolado para uma ação de solidariedade e responsabilidade social, resultando em um trabalho de qualidade, feito com prazer. Há incontáveis maneiras de promover o voluntariado e as organizações sociais podem criar oportunidades para a ação voluntária tendo em vista o público com o qual trabalham.

Tendo em vista o contexto acima identificado, é missão do Movimento Tradicionalista Gaúcho, entidade associativa, que congrega mais de 1500 Entidades Tradicionalistas de todo o Estado do Rio Grande do Sul, investir em parcerias que promovam uma ação social transformadora, consciente e solidária.

Segundo Barbosa Lessa: “Na vida humana, a sociedade – mais que o indivíduo – constitui a principal força na luta pela existência. Mas, para que o grupo social funcione como unidade, é necessário que os indivíduos que o compõem possuam modos de agir e de pensar coletivamente”(LESSA, Barbosa, Tese Sentido e Valor do Tradicionalismo).

Assim, gerar oportunidades e condições para o agir coletivo é um dos deveres do Movimento Tradicionalista Gaúcho, faz-se necessário um despertar para o voluntariado consciente, através de um programa planejado, com boas práticas de gestão, para que todo o potencial dessa ação seja aproveitado. Reforçar, ainda, o sentido de solidariedade, desenvolver as competências sociais e facilitar a integração dos indivíduos nas comunidades.

Não basta apenas “ser voluntário” quando a coletânea mandar, quando se tiver frente a um SAT e se for “obrigado” a fazer atividades sociais. Não é sincero, nem verdadeiro, nem correto (e não faz o menor sentido), ir até escolas para “cumprir o protocolo” do Projeto MTG vai à escola levando na mala 3 vestidos, trocando os painéis e alunos de lugar para fazer as fotos, apenas para parecerem que foram as 3 visitas obrigatórias.

Isto é fraude !!! E foram nas pequenas fraudes que nos perdemos. O voluntariado tem que vir da alma do tradicionalista, tem que ser por querer, por vocação, por interesse.

Devemos resgatar, efetivamente as crianças, os jovens, os idosos em nossa comunidade ao entorno de nossas entidades tradicionalistas. Criar oportunidade de serem verdadeiros cidadãos, pessoas capazes de multiplicar este trabalho social.

Não é necessário que se vá a um asilo fazer uma tarde de talentos, levar alimentos, roupas e etc. apenas a título de cumprir protocolo, tirar fotos e colocar nos relatórios. O importante é que se vá ao asilo contribuir, se doar, auxiliar, sem fotos, sem pilchas ou algo comprobatório, precisa-se apenas: querer e bem querer.

Esta proposta tem por finalidade instigar a mudança e o despertar para o comprometimento das entidades e pessoas, trazendo benefícios para quem o realiza, para as organizações, para seus beneficiários e para toda a comunidade; E para realizarmos esta ação, é preciso fortalecer e disseminar esta prática entre os diversos atores envolvidos com o Movimento Tradicionalista Gaúcho.

Texto: Sandra Veroneze | Foto: Deivis Bueno
Fonte: portal do jornal Eco da Tradição

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