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30 de Janeiro é o Dia do Pajador Gaúcho

 O dia 30 de janeiro é considerado dos mais pródigos para a arte poética do Rio Grande do Sul. Neste dia, no ano de 1903, nascia ...







 O dia 30 de janeiro é considerado dos mais pródigos para a arte poética do Rio Grande do Sul. Neste dia, no ano de 1903, nascia em São Borja aquele que é considerado "O Príncipe dos Poetas" gaúchos, ou seja Vargas Netto, Patrono da Estância da Poesia Crioula. Manuel do Nascimento Vargas Netto formou-se em direito. Exerceu o jornalismo em Porto Alegre e no Rio de Janeiro. Foi um dos poetas mais expressivos do Rio Grande do Sul. Foi um dos poetas mais expressivos do Rio Grande do Sul.

No mesmo dia, no ano de 1924, nascia na Timbaúva, então pertencente ao município de São Luiz Gonzaga, hoje Bossoroca, Jayme Caetano Braun, considerado o maior pajador do Estado e, por esse motivo, foi instituído o "Dia do Pajador Gaúcho" conforme a Lei abaixo.  

Assembléia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul 
Sistema LEGIS - Texto da Norma LEI:   11.676 
LEI Nº 11.676, DE 16 DE OUTUBRO DE 2001.

Dispõe sobre a instituição do "Dia do Pajador Gaúcho".

O GOVERNADOR DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL.
Faço saber, em cumprimento ao disposto no artigo 82, inciso IV, da Constituição do Estado, que a Assembleia Legislativa aprovou e eu sanciono e promulgo a Lei seguinte:
Art. 1º - Fica instituído o "Dia do Pajador Gaúcho", que será comemorado no Estado do Rio Grande do Sul no dia 30 de janeiro, data de nascimento do poeta e pajador gaúcho Jaime Caetano Braun.
Art. 2º - O "Dia do Pajador Gaúcho" deverá fazer parte do calendário de eventos culturais do Estado.
Art. 3º - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 4º - Revogam-se as disposições em contrário.

PALÁCIO PIRATINI, em Porto Alegre, 16 de outubro de 2001.
Olívio Dutra - Governador


 Abaixo, um texto do também pajador Paulo de Freitas Mendonça sobre Jayme e sobre o Dia do Pajador Gaúcho:
Dia do Pajador no aniversário de nascimento de Jayme Caetano Braun
A gloriosa Bossoroca via nascer, há noventa e dois anos, o magistral poeta e pajador Jayme Caetano Braun. Tremeram os alicerces dos quatro pontos cardeais do Rio  Grande do Sul, segundo as palavras proféticas do poeta Balbino Marques da Rocha. Bossoroca nesta época era distrito de São Luiz Gonzaga, por isso Braun tornou famosa a frase que ilustra o seu poema mais conhecido, o Bochincho: “não é a toa chomisco que sou de São Luiz Gonzaga”.
Braun viveu nos campos da região missioneira e lá foi bolicheiro, morou em Passo Fundo e Cruz Alta, depois migrou para Porto Alegre, onde ganhou fama, viveu até seus últimos dias e onde descansam seus restos mortais. Na capital teve como pares os mais importantes intelectuais da cultura crioula, integrou o Grupo Os Teatinos, juntamente com Glênio Fagundes e Paulo Fagundes, foi sócio fundador da Estância da Poesia Crioula e do Conselho Coordenador, que veio a se transformar no MTG, em 1966. Foi diretor da Biblioteca Pública do Estado e conselheiro de cultura do Rio Grande do Sul, além de radialista, mantendo um programa por quinze anos na mesma emissora e no mesmo horário.
No ano de 1958, durante o segundo rodeio de poetas da Estância da Poesia Crioula, em Caxias do Sul, conheceu o poeta uruguaio Sandálio Santos (Nicácio Garcia Beriso) de quem aprendeu a Décima Espinela. No congresso do ano anterior, Braun coordenava os estudos sobre as correntes da poesia crioula, dentre os temas estava o que denominaram pajadorismo. Já era um brilhante improvisador, foi o único pajador profissional durante vinte anos e conquistou por mérito o reconhecimento de ser o mais importante pajador de todos os tempos no Rio Grande do Sul. Faleceu em Porto Alegre, aos 75 anos, em 08 de  julho de 1999.
Em novembro daquele ano surgiu na cidade de Sapucaia do Sul o primeiro festival de pajada intitulado com seu nome, evento vigente atualmente. Em 30 de janeiro de 2000, o Rodeio Crioulo Internacional de Vacaria apresentou um encontro de pajadores e declamadores em homenagem ao pajador missioneiro. No final do espetáculo, sob a euforia de um público de mais de cinco mil pessoas, tomado de emoção, proclamei que a partir daquele dia, a data de nascimento de Jayme Caetano Braun passaria a ser considerada o Dia do Pajador Gaúcho. Posteriormente encaminhei uma sugestão de projeto de lei ao então deputado Estadual João Luiz Vargas, que concordou em apresentar ao plenário, vindo a ser aprovado por unanimidade pela Assembleia Legislativa. No dia 16 de outubro de 2001, o então governador Olivio Dutra, conterrâneo de Braun, sancionou a lei nº 11.676 que criou o Dia do Pajador Gaúcho. Hoje, a pajada passa a ser reconhecida pelos países formadores do bloco, como o primeiro Patrimônio Imaterial do Mercosul. Muito dos êxitos alcançados atualmente, deve-se a perspicácia de Braun que resgatou e resguardou por décadas uma arte genuinamente gaúcha, que até então não se reconhecia como tal, tanto que o MTG somente veio a aceitar a pajada como tradição gaúcha no ano de 2000.
Finalizo este breve texto, parafraseando o poeta Balbino Marques da Rocha e ratificando que ele tinha razão, o calendário do Rio Grande do Sul foi mudado para antes e depois de Jayme Braun. Em outubro deste ano vai completar quinze anos que é instituída por lei a data de nascimento de Jayme Caetano Braun, 30 de janeiro, como o Dia do Pajador Gaúcho.
(Texto de Autoria de Paulo de Freitas Mendonça, escrito em 30/01/2016)  
 
Fonte: blog do Léo Ribeiro

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