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Travessia de "pelota" 200 anos depois

Travessia de “pelota” emociona no bicentenário de Pelotas Na manhã de hoje a cidade de Pelotas buscou suas próprias origens para com...

Travessia de “pelota” emociona no bicentenário de Pelotas



Na manhã de hoje a cidade de Pelotas buscou suas próprias origens para comemorar 200 anos de história. Os olhos que testemunharam este momento foram vencidos pela emoção. Há duzentos anos as embarcações de couro chamadas de PELOTA, eram responsáveis pelas travessias de um curso d´água em uma pequena vila no sul do mundo, chamada São Francisco de Paula. Primeiro foi o arroio que levou o nome das embarcações de couro, “Arroio das PELOTAS”. A cidade que nasceu ali há dois séculos ganhou o nome do rio. Surgia aquela que seria a referência cultural e econômica da província de São Pedro, a enigmática cidade de Pelotas. Porém, ao longo destes séculos, “as pelotas” - embarcações - viviam somente no imaginário de seus habitantes. Algumas gravuras do passado transformavam aquela curiosidade em algo razoavelmente palpável nos pensamentos dos pelotenses.




Pelotas - a cidade - completaria duzentos anos de história naquela manhã gelado de 7 de julho de 2012 e a ânsia do passado clamava por forma. Uma comemoração tinha de vislumbrar o futuro, mas ao mesmo tempo buscar as raízes em um tempo primitivo. Só assim esses dois séculos seriam compreendidos, e depois celebrados.




Ao final da manhã, cerca de 300 pessoas aguardavam na margem do Arroio Pelotas, na Charqueada Boa Vista, a travessia que traduziria o verdadeiro significado do bicentenário desta cidade do sul do Estado. Como não há qualquer documento ou imagem real, a não ser uma gravura de Debret traduzindo a travessia, a ação pode ter sido a primeira oportunidade para grande parte da população assistir ao gesto que marcou o início de tudo.




O evento foi organizado pela comissão dos 200 anos da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) e  Parque Gaúcho de Gramado, com apoio dos proprietários da charqueada Boa Vista. A travessia durou 1min88s e foi feita pelo diretor do Parque, Marcos Gomes, que nadou puxando a pelota onde estava Rodrigo Schlee, diretor técnico do Parque. Caracterizados com roupas da época, eles encenaram uma negociação da travessia antes de colocar na água a pelota.

O jornalista Clayton Rocha, idealizador do evento, emocionado declarou:




- É uma cena plástica e ao mesmo tempo emblemática, que passa a ser o sólido referencial deste bicentenário de nossa muito amada cidade de Pelotas.




Enquanto a travessia acontecia, o som de um sopapo ecoava pelas mãos do percursionista Dilermando, remetendo a manifestação dos escravos que habitavam aquela região. Após o cruzamento do arroio Joca Martins cantou a música “Eu venho lá de Pelotas”, acompanhado de João Marcos “Negrinho” Martins. Emocionado, Joca mal conseguia traduzir o momento:




- Não tenho como dizer o que senti. Estou muito emocionado, parecia que voltávamos mesmo no tempo, porque foi tudo muito natural. Realmente fantástico!










Colaborou no texto: Rafael Divério.






Fonte: ClicRBS
Colaboração: Alan Otto Redü        


 

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