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Um vício chamado Moenda !

É tempo de festança em Santo Antônio da Patrulha! Hoje terá início a Fenacan (Festa Nacional da Cana-de-açúcar, Rapadura, Sonho e Arroz), co...



É tempo de festança em Santo Antônio da Patrulha! Hoje terá início a Fenacan (Festa Nacional da Cana-de-açúcar, Rapadura, Sonho e Arroz), com show de Pirisca Grecco, às 20h30, no palco externo do Parque Caetano Tedesco. E na sexta-feira começa a tão esperada Moenda da Canção, no Ginásio do parque, com compositores e intérpretes de primeira. A relação e a ordem de apresentação das músicas classificadas e shows está em um post abaixo -mas esta semana ainda traremos muitos detalhes e novidades para vocês aqui no ABC do Gaúcho!

E olha a barbada: aqueles que não puderem ir ao festival poderão conferir tudo que rolar no palco pela TV Moenda, no www.moendadacancao.com.br. (Na foto, que tirei na Moenda 21, a apresentação de Doma, com Ricardo Martins).

Confesso que sou uma apaixonada pela Moenda. E acho que meu caso é "livre de cura", já que a cada vez que acompanho uma edição volto mais encantada com aquela rica cidade e seu palco - que ao mesmo tempo inova e preserva! Pois motivada por essa paixão escrevi, em 2007, uma crônica, que foi publicada no Jornal NH, em agosto daquela ano, e também integra o livro pelos 20 anos da Moenda, de Cao Guimarães. Nela tento "explicar" os motivos dessa doença! E aqui vai a dita cuja:

Um vício chamado Moenda

Não lembro direito como fiquei sabendo da existência da Moenda, festival de música de Santo Antônio da Patrulha. Só sei que depois de acompanhar muitas edições pelo rádio, fui conferir lá, na terra do sonho, da cachaça e da rapadura. Foi na 11ª edição, em 1997, e de cara fiquei encantada com o que vi.

Na tarde em que chegamos, a caminho do ginásio, da rua se via músicos do festival em várias casas, cantando, tomando chimarrão e conversando junto às famílias locais.

Durante a passagem de som, pessoas da cidade assistindo e já fazendo comentários sobre as músicas, arriscando palpite sobre as vencedoras. Na casa em que fiquei hospedada, um carinho ímpar. Quarto arrumado com capricho a nos esperar e, na saída para o festival, a chave da casa na nossa mão.

Ao chegar no ginásio aquela noite, conheci algo que a Moenda esconde atrás das "ondas do rádio". No palco, músicos orgulhosos em cantar para a enorme família que os recebia. Orgulhosos por terem se classificado na Moenda. Nas cadeiras e arquibancadas, um público exigente, sensível e, acima de tudo, educadíssimo!

Quando passei a ir como jornalista e a garimpar o espírito da Moenda, para contar ao leitor, deparei-me com jovens que passaram das arquibancadas para o palco - não por mágica ou coincidência, mas por conseqüência.

Moenda é simplicidade com categoria - sonho da dona Rosinha fritinho na hora... Alegria no palco, nas casas e nas ruas da Cidade Alta, com seus bares a ferver a cada noite festivaleira. É a garra e teimosia da Carmen e dos moendeiros. É a ternura de moradores como o Valdir e a Dione, que abrem a casa e o coração - quem resiste àquele chimarrão e à irresistível cesta de rapaduras?

Foi assim que percebi o segredo da Moenda. É ensinar a admirar o belo, que está na hospitalidade, que está na música, no ouvir e no compor, no aplaudir... no conviver em arte!

Então descobri algo que nunca mais me afastou daquela rica cidade com suas ruas acolhedoras. Algo que me viciou definitivamente: a Moenda é uma cachaça. A melhor que Santo Antônio já produziu!

*Em caso de uso do texto na íntegra, creditar: Autor do texto - Tânia Goulart / www.jornalnh.com.br/abcdogaucho.

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