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Encontro de Pajadores será em Bento Gonçalves

Paulo de Freitas Mendonça 51 9121 4270 O Encontro de Pajadores, em comemoração ao Dia do Pajador Gaúcho, passa a ser itinerante a partir des...

Paulo de Freitas Mendonça
51 9121 4270

O Encontro de Pajadores, em comemoração ao Dia do Pajador Gaúcho, passa a ser itinerante a partir deste ano. Desde antes da oficialização da data, o evento acontece em Porto Alegre há 10 anos. A partir de agora os organizadores julgam que é momento de levar ao interior do Estado o mais expressivo espetáculo de pajadas do Rio Grande do Sul.

O município de Bento Gonçalves, na serra gaúcha, é o primeiro a sediar o evento, após a capital rio-grandense. Vai ser no Teatro do Sesc, bem no centro da cidade conhecida internacionalmente por realizar a Fenavinho.

Os pajadores mais conceituados do momento formam o elenco. Pedro Júnior da Fontoura, Adão Bernardes, José Estivalet, Jadir Oliveira e Paulo de Freitas Mendonça, vão contar com as guitarras de Raul Quiroga e Paulo Mello.

O Espetáculo começa às 20h30 do dia 30 de janeiro, data consagrada por lei como o Dia do Pajador Gaúcho, em homenagem ao nascimento de Jayme Caetano Braun, há 86 anos.

Além da enxurrada de versos de improviso com temas sugeridos pela platéia, o encontro vai contar com o lançamento de três obras: Pajador do Brasil - Estudo Sobre a Poesia Oral Improvisada (livro e CD) de autoria de Mendonça; Doma do Potro Sinuelo (CD), de Bernardes e Num Ar de Milongas - Poemas, Pajadas e Canções (livro), de Fontoura.

Na abertura do Encontro de Pajadores acontece um espetáculo com o Grupo Americanto.

Esta edição do Encontro é uma realização da Apadeg - Associação dos Pajadores e Declamadores Gaúchos, Fundação Casa das Artes e Biblioteca Pública Castro Alves, com o apoio do Sesc e do Hotel Vinocap. Como valor do ingresso, se sugere a doação de um livro literário à biblioteca. Os livros doados podem ser usados ou novos.

Quem é o Pajador?

Pajador é o repentista que canta seus versos de improviso (pajada) com o acompanhamento de violão, normalmente em milonga. No sul do Brasil, o pajador improvisa em Décima Espinela (ABBAACCDDC) no estilo recitado com um músico de apoio.

Pajador quer dizer repentista. A origem da palavra não tem uma definição convencionada e não é espanhola, nem portuguesa. Inexiste nos dicionários clássicos de qualquer idioma, apenas nos vocabuláros regionais dos países do sul da América. Há algumas hipóteses quanto a origem da palavra: alguns autores afirmam que venha de “payo” nome do primitivo habitante de Castilla, outros que seria de “pago” ou “pagueador” e outros que tenha se originado na palavra “palla”, nome dado pelos Quichuas aos grupos de índios reunidos às praças a cantar. Contudo ninguém sabe ao certo.

A grafia da palavra em espanhol é Payador e em português, Pajador, porém sua pronúncia é a mesma: PAJADOR.

O pajador foi o andejo ou gaudério que surgiu na origem do gaúcho, do gaucho e do huaso. Cruzava os campos em busca de lonjuras, quando o sul da América tinha suas fronteiras imprecisas. Até que provem o contrário, pode-se afirmar que ele esteve em terras, hoje brasileiras, do mesmo jeito e no mesmo período que em uruguaias, argentinas e chilenas.

Os pajadores brasileiros consagram Jayme Caetano Braun como referencial e, em virtude disso, o Dia do Pajador Gaúcho, 30 de janeiro, é a data de nascimento de Braun.

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